Sou de igarapé, tenho minha infância marcada pelos banhos nas águas geladas e nervosas do igarapé do Tarumã, nas águas negras do Mindu e na Ponte da Bolívia. Passados trinta anos essas vivências tornaram-se a inspiração para a elaboração de um estudo sobre a percepção e valoração de paisagens, uma dissertação que trata sobre a percepção dos igarapés que num curto período histórico de três décadas passaram de elementos naturais geradores de lazer, prazer e entretenimento familiar a estorvo urbano, esgotos a céu aberto, geradores de risco à saúde e calamidades públicas – numa viagem avassaladora do paraíso à desgraça. Tal trajetória conduziu a uma percepção dos igarapés, a partir do ambiente urbano, que dificulta o desenvolvimento de uma postura ambiental responsável e de uma percepção dos importantes serviços ambientais oferecidos por esses cursos d’água ao meio da cidade.
O processo de desconstrução desses espaços de lazer não destruíram somente um recurso natural mais também soterrou na memória histórica dos descendentes dos manáos, banibas, barés e passés a imagem prazerosa de um banho de igarapé. Daí a necessidade de uma ação emergente para a recuperação desses recursos como patrimônio ambiental e paisagem cultural da sociedade manauara.
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